A BAILARINA E EU
(Para Rosa Said)


Dedos das mãos unidos
o peito aberto
quadril bem encaixado
e os braços...
os braços em movimento sinuoso
ondas cheias no alto mar.
 
Lá vai dançarina com sua postura ereta
no calçadão ou na areia
aspergindo elegânca sobre a plebe rude
povo inocente que não sabe o que lhe falta
e não sente por isso tristeza alguma.

Fico mais desolado ainda
Construindo castelinhos que o vento leva
consciente da elegância que me falta.


Autor: Névio Carlos de Alarcão
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